1° Encontro de Professores Categoria 'O' da Apeoesp Taboão da Serra





    

Na segunda reunião da comissão de professores Categoria ‘O’ e eventuais da Subsede da APEOESP Taboão, realizada no dia 12 de Maio, decidimos concretizar um evento que deve reunir os professores mais precarizados da nossa categoria, visando discutir a precarização do trabalho no Brasil, a legislação trabalhista e os direitos que nós professores temos.
O Encontro será de 14  às 18 horas e encerrarmos o evento com uma confraternização. Os ataques do Governo de São Paulo estão cada vez maiores e precisamos nos organizar na Apeoesp para lutar pelos nossos direitos. Somente nos unindo conquistaremos nossos direitos! Professor Categoria ‘O’: temos os deveres, queremos os direitos! COMPAREÇA!!!


ASSÉDIO MORAL É CRIME!
Nestes últimos meses o número de denúncias de assédio moral a professores da rede estadual aumentou muito. Quem pratica assédio normalmente são os diretores de escola, que por serem ‘chefes’ de um estabelecimento de ensino acham que os professores da escola são ‘seus’ funcionários. Infelizmente, somos nós categoria ‘O’ e Eventuais quem mais sofremos este tipo de ataque.
A comissão esteve presente na EE Adenílson, no Taboão da Serra, onde o diretor pratica com frequência assédio aos poucos categoria ‘O’ que há na Escola. Práticas como dizer como o professor deve se vestir, punir com falta menos de dez minutos de atraso, utilizar sistemas e funcionários para vigiar o comportamento destes professores, e o mais grave, possuir um regimento interno da escola que proíbe, por exemplo, professor de sentar durante as aulas, não poder conversar com alunos fora da sala de aula e proibir alunos de irem ao banheiro em qualquer aula.
     Os professores que se sentirem ameaçados e vítimas de repressões deste e de outros tipos, devem procurar a Subsede da Apeoesp e nossa Comissão para que possamos encaminhar sua defesa.

Ø       Chega de Assédio Moral nas escolas!
Ø       Por gestões democráticas!
ATRASO NO SALÁRIO DOS ‘O’
Aos professores, principalmente categoria “O” e Eventuais, a unificação da categoria é o caminho para conquistarmos nossos objetivos. Não podemos simplesmente aceitar os desmandos por parte do governo, temos que cobrar nossos direitos.
     Há situações de professores que começaram a trabalhar no mês de FEVEREIRO deste ano e que só vão receber o primeiro pagamento em JUNHO. A pergunta fica: como esse trabalhador sobrevive, durante aproximadamente três meses sem salário? Devemos nos unir para combater essas atrocidades que o governo comete com a classe trabalhadora. Temos que denunciar a vergonha que é a questão do vale-refeição (coxinha), que só agora, após anos, o governo aumentou o valor: passou de míseros quatro reais diários para oito reais. Tem caso de professores que estão recebendo agora o cartão que dá o direito ao “benefício”. Mas estamos em Maio, e os meses anteriores corre-se o risco de ficar no esquecimento. Será que receberemos o atrasado?
     A unificação da categoria é essencial na luta por nossos objetivos, que é simplesmente ter nossos direitos garantidos. Pagamento dos salários atrasados e do vale-refeição já. Afinal, cumprimos rigorosamente todos os deveres de um professor e porque não conseguimos garantir nossos direitos?




A LUTA CONTRA A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E A DEFESA DOS NOSSOS DIREITOS

A precarização das condições de trabalho é uma tendência inerente ao sistema capitalista e atinge hoje centenas de milhões de trabalhadores em todo o mundo. Apenas uma minoria tem direitos assegurados para além do mínimo necessário à mera sobrevivência. O corte de direitos dos trabalhadores, iniciado no período do neoliberalismo no final da década de 1980, nos anos 1990 e 2000, fez com que até mesmo estes setores da classe trabalhadora melhor estratificados tenham sido atacados em suas conquistas históricas como planos de carreira, carteira assinada, aposentadorias, previdência e atendimento médico garantidos pelo estado, entre outros direitos.
Isso é o que ocorreu com nossa categoria de professores, principalmente a partir da lei 1010, de 2007 e da lei 1093, de 2009, cujo principal objetivo foi excluir os contratados a partir de 2007 dos direitos assegurados aos efetivos e antigos contratados (que vieram a ser denominados categoria “F”). Exclusão de direitos é sinônimo de precarização do trabalho.
Com o agravamento da crise capitalista os setores precarizados têm sido vítimas de um rebaixamento ainda maior das suas condições de vida, sendo empurrados para uma situação que beira a indigência. Só para citar um exemplo, temos o caso das PAPs (Programa de Apoio Profissional) da prefeitura de Taboão da Serra, que usa verbas do governo federal para pagar a miséria de R$360,00 a chefes de família (na maioria mulheres e negras), para fazer merenda, limpar escolas, lavar banheiros e outras tarefas nas escolas. A situação das merendeiras e auxiliares de limpeza na rede estadual não é muito melhor, e as funcionárias são contratadas por empresas terceirizadas que prestam serviços ao Estado, que lhes pagam salários próximos ao mínimo e não lhes garantem direitos mínimos. Estes serviços eram feitos antes por servidoras do Estado e agora são realizados por estas trabalhadoras precarizadas, que a cada dois anos são descartadas para a contratação de uma nova leva de semiescravas.
O desemprego atua como uma espécie de seguro a favor do rebaixamento permanente dos salários e serve de desculpa para a burguesia aumentar a precarização, alegando que a "flexibilização" das relações trabalhistas favorece a criação de empregos. Mas, a falsidade deste argumento fica evidente com a disparada do desemprego nos países da Europa mais afetados pela crise, atingindo índices alarmantes na juventude. A Espanha detém o recorde mundial com 50,5% de desempregados na faixa até 25 anos de idade. O Brasil não fica muito atrás, com 37,1% de jovens desempregados. Esta realidade social e econômica de falta de horizontes e perspectivas para a juventude trabalhadora ajuda a explicar os problemas que enfrentamos no processo de educação da juventude nas salas de aula, ao contrário dos porta vozes do governo e de seus “papagaios” nas escolas que jogam a responsabilidade nas costas dos professores, pais e dos próprios alunos.
Para assegurar este aumento vertiginoso da exploração capitalista, aumenta na mesma proporção a opressão dos trabalhadores nos locais de trabalho e a repressão  e criminalização das suas lutas. O chamado assédio moral é uma prática comum de patrões e chefias e os chicotes dos feitores e capatazes de outrora foram "modernizados" com métodos de pressão e tortura psicológica para atingir "metas" de produtividade (Ex: IDESP) supostamente do interesse de todos. O movimento dos trabalhadores é atacado e as manifestações e greves são tratadas como casos de polícia. Seja através da pura repressão militar, como ocorreu no massacre do bairro Pinherinho, em São José dos Campos, ou seja, através da imposição, supostamente democrática, de limites de número de grevistas e multas exorbitantes aos sindicatos, que na prática significam a anulação do direito de greve. Estas medidas repressivas são tomadas por um poder Judiciário afundado na lama da corrupção, que age a serviço dos ricos e é controlado pelo poder Executivo. As sentenças são ditadas por juízes e juízas que não escondem o seu preconceito de classe e seu racismo contra o povo pobre trabalhador que ousa se rebelar contra a exploração. 
Tudo isso ocorre para abrir uma saída para a crise capitalista, jogando suas mazelas sociais nas costas de quem trabalha e produz as riquezas. No caso dos servidores públicos, o arrocho salarial, os cortes de direitos, a precarização das relações de trabalho e a terceirização dos serviços públicos se dão para garantir que os recursos do Estado sejam cada vez mais utilizados para garantir a sobrevivência e os privilégios de classe dos banqueiros e grandes capitalistas. Na crise de 2008-2009, cerca de 3 trilhões de dólares de dinheiro público foram dados aos banqueiros e grandes capitalistas pelos governos dos países imperialistas. No Brasil, Lula doou cerca de R$ 300 bilhões para salvar o grande capital.
É neste contexto que travamos nossa luta pelos direitos da Categoria “O” e Eventuais, bem como de todos os professores.   



COMISSÃO DE PROFESSORES CATEGORIA “O” E EVENTUAIS
Boletim Especial – Maio/2012
Facebook: Professores Categoria “O” e Eventuais do Estado de São Paulo – Fone: 4701-5864




ATENÇÃO PROFESSORES QUE JÁ FORAM DA CATEGORIA “F” E ATUALMENTE SÃO CATEGORIA “O:
    
Os professores que já foram contratados como categoria “F” antes de 1 de junho de 2007 (data da decretação da Lei 1010) e que por alguma razão perderam o vínculo e atualmente são categoria “O”, podem entrar com processo na Justiça para readquirir seu direito de serem reenquadrados como categoria “F”.  Para isso, devem entrar com processo judicial através da Apeoesp. Entre em contato com a Subsede e fale com Afonso para receber as orientações necessárias

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